Uma Rota entre praias fluviais velhas localidades e em tempo de verão muuuito calor. Uma rota em circulo com muito para ver e divertir-se. Incrível, mesmo em zonas mais remotas e esquecidas.
Fotos: Eurostops
1. Trilho & Amieira do Tejo
Trilho da Barca d’Amieira
– Um “trilho de encantar” acaba de nascer em Nisa, nas margens do Rio Tejo. Um trilho fácil, mas com paisagens deslumbrantes, um passadiço, uma ponte pedonal suspensa, um miradouro transparente, um muro de sirga ao longo do Tejo e muito mais…
É um percurso linear, sem grande grau de dificuldade, ao longo de 3,6 km. O percurso segue sempre paralelo ao Rio, num vale encaixado, separando a Beira do Alentejo, marcando a transição entre o sul, quente e seco, e o Norte, temperado e húmido.
O espaço dispõe de um pequeno parque de merendas e um ferry para viaturas ligeiras.
A localidade de Amieira do Tejo
– Quando o visitante deixa a estrada principal, a primeira coisa a visitar é a Capela do Calvário, no topo de uma colina. Uma senhora muito gentil, que mora perto, abrirá a entrada para si. Uma vez lá dentro, dirija-se às varandas. De lá, tem-se a melhor vista da Amieira, com o seu castelo destacando-se enorme e as suas quatro torres em exposição. No início, era a residência do Grande Mestre da Ordem Hospitalar, o herói que venceu o exército dos mouros. Ele vivia na Torre de Menagem. Assim, sendo uma residência, o castelo não foi construído no topo de uma montanha. Porém, o exército dos mouros ainda estava além do rio Tejo; por isso, mais tarde, tornou-se uma fortaleza, depois uma prisão, e depois até mesmo um cemitério. O lugar é utilizado agora para exposições, e vale realmente a pena visitá-lo.
39°31’22.8″N 7°50’04.2″W | 39.522992, -7.834487
2. Stopover: Vila Velha de Rodão
Monumento Natural das Portas de Ródão
Na passagem do rio Tejo por Vila Velha de Ródão, surgem as Portas de Ródão, que se distinguem pela sua exposição e beleza natural. É nesta área protegida de âmbito regional que este concelho deve grande parte da sua riqueza patrimonial natural, destacando-se a biodiversidade de fauna, avifauna e flora.
No leito daquele rio repousa ainda o Complexo de Arte Rupestre do Vale do Tejo e nas suas margens foram descobertos vestígios pré-históricos de interesse nacional.
As Portas de Ródão, servem de habitat para a maior colónia de grifos do país.
Os passeios de barco pelo rio Tejo, a partir do cais de Vila Velha de Ródão, são uma das principais atrações para os turistas que visitam esta vila do distrito de Castelo Branco.
https://www.vilaportuguesa.pt/passeios-de-barco
GPS: 39.651418,-7.67209 | 39⁰ 39′ 5,1” N,7⁰ 40′ 19,52” W
3. Piscinas de Castelo Branco
Estacionamento junto à piscina praia de Castelo Branco.
39°49’07.0″N 7°30’38.0″W | 39.818601, -7.510551
4. Stopover: Intermarché Castelo Branco
5. Segura
Estacionamento junto da ponte romana e Segura e do Rio Erges, um espaço de grande beleza para a observação de aves. O espaço dispõe de um pequeno parque de merendas.
GPS: 39°49’03.7″N 6°58’55.6″W | 39.817683, -6.982109
6. Piscina Natural La Cantera
39.745799311714094, -6.892121974857594
7. Alcántara (Ponte Romana e Vila)
A ponte que permanecerá em pé nos séculos do mundo
A ponte de Alcántara, de origem romana, foi construída entre os anos 104 e 106 e declarada, em 1924, Bem de Interesse Cultural, com categoria de Monumento.
Destaca-se, acima de tudo, pela sua grandeza e solidez que ainda conserva, quase intacta, apesar de ter quase dois mil anos de antiguidade. Os seus 58,20 metros de altura e 194 metros de comprimento fazem dela uma belíssima obra, dividida entre a engenharia e a arte.
A localização estratégica do monumento transformou-o num enclave estratégico com a passagem dos séculos, protegendo o leito do rio Tejo e fazendo parte de uma das estradas que liga Espanha a Portugal.
Este descomunal monumento ocupa um lugar de relevo entre todas as obras de engenharia realizadas pelo Império Romano. Foi erguida com o objetivo de facilitar a comunicação entre Norba (a atual Cáceres) e Conímbriga (a localidade portuguesa de Condeixa-a-Velha) e é considerada uma obra maestra, onde foram aplicadas técnicas de engenharia avançada para erguer seis arcos de volta perfeita, sustentados por cinco grossos pilares. A ponte foi construída com silhares retangulares unidas entre si à meia vez e à vez.
Um arco honorífico de 14 metros de altura remata a ponte. Este arco, conhecido como Arco do Triunfo e situado justamente a meio da ponte, reúne a informação da história da obra: mostra como a ponte foi dedicada a Trajano, e o nome dos municípios que a financiaram. A inscrição dedicatória reza assim: «Ao imperador César, filho da divina Nerva, Trajano, Augusto, Germânico, Dácico, pontífice máximo, com a VIII potestade tribunícia, imperador pela V vez, pai da pátria.»
Na entrada da ponte há um pequeno pavilhão de planta retangular com uma inscrição que menciona o arquiteto: «A ponte, destinada a durar para sempre nos séculos do mundo, foi feita por Lácer, famoso pela sua arte divina.» E não mentia, pois segue em pé, elegante e forte, com expectativas de continuar a sua história eternamente jovem.
A vila de Alcántara nasceu anos depois. Como também posteriormente a ponte foi fulcral para a Ordem Militar de Alcántara na defesa da vila, fronteiriça com Portugal.
DICA: A ASA localiza-se junto das Piscinas de Alcántara
ASA Alcántara: 39.715163,-6.881972 | 39⁰ 42′ 54,59” N,6⁰ 52′ 55,1” W
8. ES-ASA Alcántara
9. ES-ASA Valencia de Alcántara
Conjunto Histórico de Valencia de Alcántara
Bairro Gótico
Valencia de Alcántara é um município do distrito da Serra de San Pedro. Situa-se a oeste da província de Cáceres, na fronteira com Portugal.
Esta cidade foi conquistada aos árabes em 1221, pelas tropas da Ordem de São Julião de Pereiro, primitiva instituição militar que deu lugar à poderosa Ordem de Alcántara. A conquista implicou que fosse concedida à cidade a condição de vila de reguengo
O conjunto urbano conhecido como Bairro Gótico foi declarado Conjunto Histórico pelo decreto de 18 de março de 1997. É um dos mais interessantes da região no que se refere à construção gótico-renascentista civil. Está situado na parte setentrional da povoação e a habitação mais comum costuma ser de dois pisos estreitos e compridos, com fachada em alvenaria caiada e branqueada e vãos de pedra granítica bem lavrada.
Os vãos das portas costumam ser em arco ogival, mas também existem portas adinteladas e em arco de volta perfeita. Na fachada do piso inferior há janelas retangulares que se costumam fechar com grades de ferro forjado.
A maioria dos edifícios são construções de aspeto popular, com chaminés características da arquitetura própria da zona, embora outros, mais distintos, apresentem um aspeto solarengo, inclusive nobre, com presença de escudos de armas. Outros elementos da sua arquitetura são as varandas de esquina.
Todo o espaço que constituiu o Bairro Gótico esteve rodeado por uma muralha que começava e terminava no castelo, construído sobre uma colina que domina o conjunto. Trata-se de uma construção de traçado irregular com cinco baluartes e uma torre de menagem.
Entre os edifícios religiosos, destacam-se a Igreja Paroquial de Ntra. Sra. de Rocamador, construída entre os sécs. XV e XVII. Caracteriza-se pela sua planta basilical e três naves cobertas por múltiplas abóbodas de cruzaria com pouca altura, cujo número e qualidade de construção fazem deste edifício um dos mais representativos da arquitetura extremenha.
Por seu lado, a Igreja de la Encarnación é um edifício de três naves coberto com abóbodas de canhão. O Convento de San Bartolomé completa os monumentos religiosos do município.
10. Praia fluvial da Portagem
É um agradável espaço de lazer, constituído por uma piscina natural, formada entre duas pontes, um parque de merendas e diversas infraestruturas.
De acordo com a lenda, diz-se que o topónimo “Portagem” terá vindo dos Judeus expulsos de Espanha pelos Reis Católicos, que para entrar em Portugal, pela antiga ponte romana a existente no local, pagavam uma portagem.
39.38357,-7.38292 | 39⁰ 23′ 0,85” N,7⁰ 22′ 58,51” W
11. Stopover: Marvão
Na região houve um povoamento romano (715), abandonado face às primeiras fortificações mouras, construídas em nome de Ibn Marwan, Senhor de Coimbra. Só cai para os cristãos em 1166 e é, inicialmente, doado aos cavaleiros hospitalários.
No século XIII, Dom Dinis toma posse dos domínios, fortificando o castelo para ser um elo importante na cadeia de defesas avançadas ao longo da fronteira. Dada a natureza mais plana do Alentejo, era natural que fizesse sempre parte de quaisquer planos de invasão de Portugal.
12. Stopover: Brg Póvoa e Meadas
Como chegar: Barragem de Nisa, 7320 Castelo de Vide, junto à Estrada EM525-1
GPS: 39.48388,-7.54744 | 39⁰ 29′ 1,97” N,7⁰ 32′ 50,78” W
13. Nisa
Hoje em dia Nisa é um município moderno, preparado para receber quem o visita e para responder às necessidades de todos quantos habitam as suas sete freguesias. Nisa é ainda um centro de excelência, não só do artesanato alentejano como de todo o País, graças à diversidade e à riqueza das suas artes e ofícios tradicionais, desenvolvidos em várias oficinas do barro e dos bordados que podem ser visitadas.
GPS: 39°30’50.7″N 7°38’44.6″W | 39.514071, -7.64571