Em Oradour-sur-Glane, nazistas executaram 642 pessoas. Maioria das vítimas eram mulheres e crianças que foram queimadas vivas. Ruínas da vila foram transformadas em memorial para lembrar crueldade cometida ali. O massacre ocorreu apenas quatro dias depois do Dia D – a invasão dos aliados da França ocupada pelos nazistas. Os civis teriam sido mortos, no entanto, em retaliação ao rapto de um soldado alemão pela resistência francesa.
No dia 10 de junho de 1944, o regimento “Der Führer” da divisão de tanques da SS (organização paramilitar ligada ao partido nazista) foi enviado para a pequena vila de Oradour-sur-Glane, localizada a 20 quilómetros ao norte de Limoges.
Mulheres e crianças foram reunidas e levadas para a igreja da vila que foi incendiada. Aqueles que tentavam escapar das chamas eram fuzilados. Os homens foram metralhados em celeiros e garagens. Soldados vasculharam ainda toda a vila em busca de sobreviventes para mata-los. Após o massacre, Oradour-sur-Glane foi queimada.
Ao todo, 642 pessoas foram mortas. Entre as vítimas havia 246 mulheres e 207 crianças, seis delas bebês com menos de seis meses.
Depois do massacre, o então presidente francês Charles de Gaulle ordenou que as ruínas da vila, intactas, fossem transformadas num memorial em lembrança dos assassinatos e da crueldade cometida ali.
Até hoje não se sabe exatamente os motivos que ocasionaram o massacre. Em 1953, um tribunal militar em Bordeaux ouviu acusações contra 65 dos 200 alemães que participaram das mortes. Em 2014, um tribunal em Colônia, no oeste da Alemanha, apresentou acusações contra um ex-membro da SS de 88 anos que participou da ação, mas o julgamento foi suspenso por falta de testemunhas.
Em 2004, o então chanceler federal alemão Gerhard Schröder participou das cerimônias que marcaram o Dia D na França e prometeu que a Alemanha jamais esqueceria as atrocidades nazistas, mencionando especificamente Oradour-sur-Glane. Em 2013, o então presidente alemão Joachim Gauck visitou a vila com o presidente francês François Hollande.
Cerca de 30 mil pessoas visitam a vila memorial por ano.
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